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DEPOIMENTOS NO REPOSITÓRIO DA UFPA

Entrevista com Antônio Anselmo Bentes de Oliveira

Este conteúdo refere-se à entrevista com Antônio Anselmo Bentes de Oliveira, que relatava que morava em Santarém e sempre quis ser médico. Em 1966, entrou na Faculdade de Medicina da UFPA. Foi uma das lideranças na ocupação da Faculdade em 1968 fazendo parte da comissão que discutia a elaboração dos currículos. No final de 1968, o governo publica o Ato Institucional nº 5 (AI-5), cujo artigo 477 atingia diretamente aos estudantes. Em 1969, já cursando o quarto ano de medicina, Antônio Anselmo ao reclamar da lisura de uma prova da disciplina “Medicina Tropical”, ele e mais sete alunos se negaram a fazer a prova. A direção da Faculdade resolveu transformar esse caso simples em questão de segurança nacional e pediu o enquadramento dos “oito rebeldes” no artigo 477 do AI-5. Por fim, os estudantes foram absolvidos pelo ministro, coronel Jarbas Passarinho, e sobre eles a direção da faculdade impôs a pena de suspensão com base no Estatuto da Instituição, acarretando um ano de atraso na conclusão do curso. Já formado, Antônio Anselmo foi diretor da primeira Unidade de Saúde no município de Salinas, diretor do Hospital Barros Barreto e diretor da Santa Casa de Misericórdia, em Belém do Pará. Aposentado do Hospital Barros Barreto, atualmente atua em sua profissão na periferia de Belém e em seu consultório. Na entrevista, Anselmo ainda demonstra a revolta e a incompreensão por ter passado cinco anos sendo vigiado pelos militares após desrespeitar um professor. Ele fala também sobre a realidade do curso de medicina após o golpe de 1964.

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