Este conteúdo refere-se à entrevista com Catarina Tancredi que nasceu em Juruti em 1942. Descendente de italianos, fala da sua infância e dos estudos dos ribeirinhos. Seu pai chega na Amazônia fugindo da 2a Guerra Mundial, a esposa vem depois para casarem aqui. Teve vários irmãos, eram 6 filhos. Relembra sua vida em família, fala da vida em Juruti nos anos 40 do século XX. Fala da forma de estudo e como foi alfabetizada. Relembra seus anos de estudos em Alenquer, depois relembra seus estudos secundários em Santarém. Foi estudante de internato. Só havia ensino primário em Alenquer, toda a região ia para Santarém fazer o secundário. Estudava no Santa Clara e no Dom Armando. Fez o pedagógico em Santarém e o vestibular em Belém. Foi caloura de 1964 da UFPA. Estava na casa (pensionato) que ficava em frente à UAP e viu a invasão da entidade pelo exército. Em 1964 era pensionato feminino, na sua maioria estudante. Faz o relato da invasão à UAP. Fez as provas do vestibular em fevereiro, o curso só iniciou as aulas em maio. Relata suas experiências como estudante da UFPA do curso de Administração e as memórias como estudante da Casa da Estudante Universitária, a partir do segundo semestre de 1966. Foi uma das primeiras moradoras. Conheceu Conceição Capiberibe, irmã de João Capiberibe, estudante de Economia e liderança estudantil. Avalia que era perigoso se opor ao regime militar, pouco se falava contra o regime. Saiu da UFPA em 1967. Relata a prisão de Capiberibe e suas visitas a ele no Presídio “São José”. Visita o amigo Capiberibe, justifica suas visitas. Conta sobre a sua ajuda a Capiberibe para a fuga do São José. Relata como foi a fuga e sua participação para a saída dele de Belém. Este fato é muito importante para a pesquisa da juventude pós AI-5. Catarina relata a organização da fuga da Santa Casa, local que Capiberibe estava em tratamento de saúde. Foi montado um plano de fuga que envolveu parte dos irmãos de Catarina Tancredi. Relembra a vivência na sua casa por estudantes do Baixo Amazonas e as dificuldades para implementar o plano de fuga. Capiberibe foge para Santarém junto com a esposa grávida e a filha do casal. Catarina relata o seu silêncio após a fuga, defende o direito das pessoas serem oposição aos governos militares. Depois fala sobre a sua volta como professora da UFPA em 1970. Faz uma avaliação de administração do reitor Silveira Netto.
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